MICROCHIP

Todos os animais de estimação devem possuir uma identificação. A identificação é muito importante, pois facilita a recuperação de animais perdidos ou roubados. Existem vários métodos de identificação, os mais conhecidos são a identificação através de tatuagens ou de placas penduradas na coleira com o nome, morada e contactos telefónicos do proprietário.

A identificação electrónica, iniciada na Europa há mais de 15 anos, constitui actualmente, o método mais vantajoso e o único capaz de fazer uma identificação correta, séria e eficaz. 

É um método seguro, aplicável à maioria das espécies animais, como cães, gatos, cavalos, touros, vacas, aves, répteis, e outros animais exóticos.


QUAL É O OBJETIVO?

Todos os anos, milhares de animais desaparecem de suas casas. Ao mínimo descuido, uma porta ou janela entreaberta – o seu animal pode abandonar o lar e sair à procura de aventura, quer seja por causa de fêmeas em cio, envolvimento com outros animais, ou por desorientação. Por outro lado, o roubo é cada vez mais frequente e na maior parte dos casos com o objectivo de revenda.

A identificação eletrónica permite reforçar a proteção dos animais de companhia, prevenir e combater o seu abandono, controlar a detenção de animais perigosos e potencialmente perigosos e reforçar medidas sanitárias.


EM QUE CONSISTE?

A identificação electrónica consiste na aplicação subcutânea de um microchip – uma pequena cápsula electrónica, do tamanho de um bago de arroz, que possui um código alfanumérico – um número único, exclusivo e inalterável, a que corresponde e identifica um animal. 

É uma forma extremamente eficaz de identificação de animais de companhia, uma vez que acompanhará o animal durante toda a sua vida. É ao tutor dos animais que cabe a responsabilidade de assegurar a identificação dos mesmos. A aplicação do microchip é um acto médico, e, por conseguinte, só o médico veterinário o pode fazer. Assim, deverá contactar um médico veterinário, oficial ou particular, à sua escolha.


COMO SE APLICA?

É colocado, de forma simples e rápida através de uma injecção debaixo da pele do animal, na face lateral esquerda do pescoço.

A agulha tem um diâmetro ligeiramente superior às usadas nas vacinas. De forma geral, o animal reage à implantação do microchip da mesma maneira que reage à administração de uma vacina, não havendo necessidade nenhuma de o sedar. Não possui bateria e fica inactivo a maior parte do tempo. É apenas energizado quando recebe um sinal do aparelho leitor.

Permanece no local onde é implantado durante toda a vida do animal, e não lhe causa qualquer incómodo e transtorno para a saúde. O microchip é inerte, liso e biocompatível, não existindo possibilidade de o animal desenvolver um processo alérgico ou de rejeição, quando adequadamente introduzido.

Pode ser colocado em qualquer idade e depois de implantado é impossível a sua detecção (expecto com o uso de um leitor próprio) e remoção. Antes da aplicação, o médico veterinário verifica se o animal já é possuidor de microchip. Após a aplicação, o médico veterinário vai comprovar se o microchip está corretamente colocado, fazendo a leitura com um aparelho portátil leitor que mostra no visor o código alfanumérico identificativo do animal.

OBRIGATORIEDADE DA IDENTIFICAÇÃO ELETRÓNICA

Segundo o Decreto-Lei 82/2019 que entrou em vigor a 25 de Outubro de 2019, a colocação do microchip e respectivo registo na base de dados do SIAC (Sistema de Informação do Animal de Companhia) deverão ser feitas até aos 4 meses de idade ou, na impossibilidade de determinar a data de nascimento exacta, até à perda dos incisivos de leite, de TODOS OS CÃES, GATOS E FURÕES

Além disso, a legislação também refere que a vacinação antirrábica, obrigatória para todos os cães com mais de 4 meses de idade, não pode ser efetuada enquanto o animal não estiver identificado eletronicamente.

QUAIS AS VANTAGENS DO MICROCHIP?


A identificação eletrónica de animais de companhia, actualmente, tem um papel extremamente importante no controlo de questões sanitárias, jurídicas e humanitárias.


- É um método seguro, permanente, acessível e praticamente indolor. Os outros métodos existentes para identificação de animais apresentam mais desvantagens que o uso do microchip. As coleiras com placas/chapas podem ser perdidas ou facilmente removidas e o método de tatuagem, atualmente não utilizado, é doloroso para o animal e totalmente inútil se houver uma mudança de morada ou de telefone.

2- Facilita a localização de animais desaparecidos. Caso o seu animal seja roubado ou fuja de casa e se perca, qualquer pessoa que o encontre poderá levá-lo a uma clínica veterinária ou à câmara municipal, onde o médico veterinário irá verificar se o animal possui identificação eletrónica através de um leitor. Se este possuir microchip, é verificado o seu número na base de dados e de imediato identificado o tutor do animal em causa.

4- Facilita o trabalho do criador evitando confusões de ninhadas. Algumas ninhadas são numerosas e perante a semelhança dos recém-nascidos os criadores podem facilmente confundi-los, mas se tiverem uma identificação eletrónica, estes animais serão facilmente distinguíveis.

5- Controlo de comércio e utilização de pequenos animais.

6- Permite o desenvolvimento de estudos estatísticos, por exemplo, acerca do número de animais existentes em Portugal.

7- Responsabiliza o dono pela saúde e bem-estar animal.